Eixo 2 - Educação

Eixo 2 - Educação

“A educação na Rocinha é ampla e diversa. 
Ela inicia com atos voluntários de ajuda para as mães que precisavam de ajuda para ir buscar o sustento de suas casas. 
Depois há o movimento das creches comunitárias.
Creches conveniadas.
Construção de escolinhas alfabetizadora.
As escolas públicas e privadas.
Creches públicas e privadas”   

Hoje as leis 10.639/03 e 11.645/08 suleiam a educação. Mas a educação não nasce de forma espontânea. A concepção da educação na Rocinha tem um conceito ocidental, nasce para educar reis e rainhas. Para manter a dinastia da época. Mas a educação sempre foi atribuída a outros. As práticas sociais, podemos dizer assim, nascem da necessidade de angariar capital das mães solos. É aí que a favela se aproxima das práticas sociais quilombolas.  

Na década de 1930 inicia-se a ocupação na Rocinha. Junto à essa habitação vem a educação como modo de auxiliar as mães solo, que precisavam ir em busca de seu sustento. Casas construídas com um cômodo de pau a pique ou madeiras eram lugares de cuidar e educar. E de onde vem os ditados populares: 'coloca a água no feijão' e 'onde cabe um cabem dois'?  

Mas o que as crianças aprendiam nesses lugares insalubres? Sem condições sanitárias? Sem saneamento básico? Elas aprendiam a respeitar os mais velhos e a valorizar as pequenas conquistas. Respeitar uns aos outros e pedir ajuda a quem pudesse. A fome era um meio de dividir. Nessa educação não há índice de suicídio. Quando o coração está cheio de amor, o que falta virá em um ato de esperança. Em um futuro breve.   

A comunidade não parava de se organizar, havia educação básica e creches domiciliares.   

Nesse período os espaços foram crescendo.   

Pedagogias chacrinianas surgiram. Dona Elisa Pirozi em sua residência ensinava as crianças que não se adaptavam ao ambiente escolar e a pedagogia instituída nas escolas a ler e a escrever com o seu método inovador. No livro Varal de Lembranças' ela diz que no 'Palácio'1 não havia evasão, havia invasão. Nesse meio surge a ASPA - Ação Social Padre Anchieta, pioneira na educação. Educação política e organizada. E com todo esse movimento essa necessidade urgente de promover a educação e auxiliar financeiramente esses lugares de educação surge o financiamento da UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância, SMD - Secretaria Municipal de Desenvolvimento. Agora sim, haveria estrutura para dar continuidade a práticas sociais dentro da favela em diversas áreas e uma delas foi a educação. A história não para por aqui. Há desdobramentos de toda essa estrutura desenvolvida.   

E assim chegou a primeira escola municipal.  

Rose Firmino, cofundadora do Museu Sankofa e Flávio Pé, apoiador do Museu Sankofa 

A ESCOLA MUNICIPAL GEORGE PFISTERER
Tania Regina, co-fundadora do Museu Sankofa. 

Imagens homenageando os educadores populares de alfabetização de jovens e adultos, de escola noturna na Rocinha, hoje conhecido como EJA. Livro varal de lembranças edição de 1983.
Imagem homenageando as educadoras da primeira creche comunitária da favela da Rocinha. Livro varal de lembranças edição de 1983.

O PAPEL DO MUSEU NA EDUCAÇÃO
Tania Regina, co-fundadora do Museu Sankofa.

Foto da Escola Comunitária da Rua 2, na Rocinha - janeiro de 1984.
Imagem da primeira escola pública na favela da Rocinha, a Escola Municipal Francisco de Paula Brito, em homenagem ao primeiro tipógrafo negro do Brasil, de 1978 - 2022.

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