Sobre o Museu

Museu Sankofa:
Memórias e Histórias
da Rocinha

O Símbolo do Sankofa é o desenho de um pássaro colorido, vermelho escuro com manchas azuis, amarelas e laranjas, de lado, com o olho amarelo e um círculo azul em sua boca. Ele tem a cabeça voltada para trás e os pés virados para frente.

O nome do museu faz alusão a uma ave africana mítica que possui a cabeça para trás e os pés para frente, e cujo sentido se traduz em: “Se eu quero construir o presente, o futuro, eu tenho que olhar o passado”.

Como tudo começou

O surgimento do coletivo Museu Sankofa Memória e História da Rocinha ocorreu em julho de 2007, no Fórum Cultural da Rocinha, com a presença de moradores, artistas, militantes e o Secretário Estadual de Cultura, da época. Com a presença de 200 participantes. Neste fórum foi elaborado um documento em que continha o apoio a projetos culturais, preservação, de patrimônio material e imaterial, salvaguarda da memória e história e criação de um museu para Favela da Rocinha, com o intuito de difundir as memórias e histórias da Favela, de forma educativa, sobre as lutas e conquistas. De posse desse documento, a partir de 2008, surge o coletivo Museu Sankofa Memória e História da Rocinha, que promove ações concretas, iniciadas em 2009, como os chá de museus, rodas de conversas com temas que versam entre saneamento básico (destacando os mutirões de higienização limpezas das valas e sua canalização buscando ai junto ao poder público o direito ao saneamento básico, realizados por moradores) e os mutirões para vacinas que ocorreram nas décadas de 70 e 80 que retratado na famosa publicação o livro Varal de Lembranças e no Jornal Tagarela ambos mesmo período. Sendo este também um dos desafios que o museu Sankofa se propõe em organizar as diversas públicas sobre a Favela da Rocinha em todos os níveis possíveis.

“Sempre falamos que a memória e histórias da Rocinha são guardadas pelos seus moradores, pelos mais velhos, que nós chamamos de griôs”

Antônio Firmino

Missão

O MUSEU SANKOFA MEMÓRIA E HISTÓRIA DA ROCINHA tem por missão a defesa do direito à memória, a promoção dos direitos humanos dos moradores da Rocinha, adjacências e demais favelas e periferias, o reconhecimento, o resgate, a proteção, a fruição e a valorização de seus patrimônios cultural, histórico, natural, material e imaterial, através de ação educacional e de saúde da elaboração de conceitos, de metodologias, de projetos e de programas.

Objetivos

I. Promover a defesa do patrimônio cultural, histórico, natural, material e imaterial, dos Direitos Humanos, do meio ambiente natural e construído em favelas e em periferias;
II. Formar acervos de memória construída, afetiva, cultural e comunitária, para fortalecer oportunidades de produção cultural para população residente em favelas e em periferias;
III. Considerar o patrimônio cultural, histórico, natural, material e imaterial educacional e de saúde como processo social afirmativo de identidade coletiva e a sua preservação como direito de cidadania;
IV. Estimular a realização de rodas de conversa comunitárias para discussão de questões relativas à memória, ao patrimônio cultural, histórico, natural, material e imaterial, educacional e de saúde à condição ambiental-urbana das favelas e das periferias;
V. Fazer uso das novas tecnologias da informação e da comunicação na preservação do patrimônio cultural, histórico, natural, material e imaterial, educacional e de saúde;
VI. Promover intercâmbios de experiências com territórios e organizações afins, nacionais e internacionais;
VII. Promover as memórias e as histórias nativas, quilombolas, imigrantes, migrantes e de refugiados, visando fortalecer a cultura local, seus valores históricos e sua identidade, educacionais e de saúde;
VIII. Pesquisar, fomentar, criar e apoiar ações culturais, sócio educacionais, saúde, ambientais e de direitos humanos;
IX. Capacitar recursos humanos, em especial, das favelas e das periferias, para desempenho de atividades de memória e de museologia social;
X. Realizar cursos e capacitações em geral;
XI. Realizar consultoria na área de museu e áreas correlatas;
XII. Realizar georeferenciamento e geoprocessamento;
XIII. Identificar, inventariar, coletar, preservar e conservar patrimônios cultural, histórico, natural, material, imaterial, educacional e de saúde, assim como acervos e informações referentes às memórias e às histórias da Rocinha, adjacências e demais favelas e periferias;
XIV. Conceber e realizar exposições de longa e de curta duração, bem como exposições itinerantes abordando temas de interesse dos moradores da Rocinha, adjacências, demais favelas e periferias;
XV. Elaborar, desenvolver e executar programas sistemáticos de educação; usando as várias e múltiplas publicações que se tem conhecimento sobre a Favela da Rocinha.
XVI. Considerar, cuidar e conservar a vegetação remanescente no topo dos morros, as vistas panorâmicas e as trilhas da Rocinha, adjacências e demais favelas e periferias, como acervo de patrimônio paisagístico e de interesse para preservação socioambiental, assim como de estímulo para o turismo sustentável da localidade;
XVII. Desenvolver programa editorial e realizar publicações de abrangência local, nacional e internacional, a partir das memórias e das histórias da Rocinha, adjacências e demais favelas e periferias;
XVIII. Realizar intercâmbios e parcerias com museus, escolas, universidades, institutos de preservação do patrimônio cultural, centros de documentação e pesquisa, coletivos de arte e cultura e redes de museologia;
XIX. Apoiar o fortalecimento de redes na perspectiva da valorização e da preservação das memórias e histórias locais.


Co-Fundadores

Antônio Carlos Firmino
Andre Sales Batista
Fernando Ermiro da Silva
José Martins de Oliveira
José Ricardo Duarte Ferreira
Leandro Cristiano dos Santos
Lygia Segala

Lucas Pablo Silvestre de Oliveira
Maria Helena Carneiro de Carvalho
Maria Marta Diniz da Silva
Maria da Paz Macedo
Rosineide Dos Santos Firmino
Tânia Regina Rodrigues de Miranda

Em Memória de:
Ronaldo Batista Do Nascimento
Carlos Costa
Francisco Mauro Halfeld dos Guaranys


Diretoria

Diretoria Presidente: Maria Marta Diniz
Diretoria da vice-presidência: Tania Regina
Diretoria Administrativo Financeiro: Leonardo Cristiano dos Santos
Diretoria Educacional Social: Roseneide dos Santos Firmino
Diretoria de Patrimônio: Fernando Ermiro


Conselho Fiscal

Lucas Pablo
José Martins
José Ricardo


Conselho Consultivo

André Sales
Maria Helena
Lygia Segala
Leandro Cristiano


Coordenação Executiva

(atua junto aos projetos, em parceria com universidades, Ongs e em projetos aprovados pela Faperj)

Antônio Carlos Firmino
Maria Beatriz Gomes
Leandro Castro Benicio
Rosineide dos Santos Firmino
João Paulo Barreto


Parcerias

Rede de Museologia Social do Rio de Janeiro

Rede de pesquisa que busca a (re)construção crítica da história, da memória e a salvaguarda de expressões culturais de povos, comunidades, grupos e movimentos sociais do estado do Rio de Janeiro.