Centro de Cidadania Rinaldo De Lamare

Inaugurado em agosto de 2004, o Centro de Cidadania Rinaldo De Lamare é uma referência para moradores da Rocinha. No local onde funcionava o antigo hotel São Conrado, hoje estão distribuídos em 18 andares, espaços para diversos tipos de cursos, escola, restaurante popular, cuidados direcionados a terceira idade e a portadores de deficiência física e mental, projetos de integração, de erradicação ao trabalho infantil, inclusão e capacitação na área de empreendedorismo, programa de educação, Secretarias de apoio à moradia, assistência social, de prevenção à dependência química; de saúde; e das culturas, entre outros, incluindo a sede do Museu Sankofa.

Endereço: Av. Niemeyer, 776. São Conrado.

Camelódromo

O Mercado Popular da Rocinha foi inaugurado em 2004. Projetado pelo arquiteto Rodrigo Azevedo, inspirado no Mercado Ver-o-Peso, em Belém, no Estado do Pará. Visto de cima, o Mercado Popular da Rocinha lembra um guarda-chuva ao contrário. A lona é do mesmo material que pode ser encontrado no Circo Voador, na Lapa. Em 2005, o projeto do Mercado Popular da Rocinha foi reconhecido internacionalmente ao fazer parte de uma exposição de arquitetura em Paris, na França. O evento homenageou a diversidade e a modernidade da cultura brasileira. Em 2020, o mercado foi tombado provisoriamente após tentativas remoções dos lojistas. A demolição do Camelódromo da Rocinha foi proibida pelo Tribunal de Justiça do Rio após liminar obtida pelos lojistas. 

Fonte Fala Roça https://falaroca.com/camelodromo-rocinha-tombado/ 

Endereço: Av. Niemeyer, 780. São Conrado.

Feira do Boiadeiro

A Feira do Boiadeiro acontece todo domingo, na Rocinha. Desde bem cedo, as barracas são montadas e a população ocupa as ruas e vielas da favela para fazer suas compras. A tradicional feira conta com mais de 150 barracas fixas. Segundo os moradores, a Feira começa na época do Governo Chagas Freitas (anos 1970) que apoiou a iniciativa do Seu Jonas, o organizador inicial do comércio ao ar livre Hoje, sob toldos coloridos improvisados, uma multidão se espreme todo domingo entre as mais de 150 barracas montadas no Caminho do Boiadeiro, na Rocinha. O burburinho dominical é o sinal de que a feira livre, popular, que ocupa toda a extensão da via até o Largo do Boiadeiro, funciona a todo vapor, como há mais de quarenta anos. É uma espécie de mini feira de São Cristóvão. Mercadorias diversas que vão desde roupas, bijuterias, panos bordados, panos de chão, e moda íntima até pintinhos coloridos e guaiamuns vivos, se misturam às barracas de carne, frango e peixe, legumes, frutas e condimentos. O grito característico e sedutor dos feirantes ecoa pelo ar anunciando promoções, pechinchas e decretando a tão esperada hora da xepa... Além das vendas, a feira tem apresentações artísticas e culturais abertas ao público.  Êpa! Como em toda feira, caldo de cana com pastel não pode faltar! A tradicional feira-livre do Boiadeiro, com sotaque nordestino, atravessou gerações a fio, driblou dificuldades e desafios, e prosperou bravamente. Conservando um flerte da favela de outrora com a cidade popular de agora.  

Foto principal: HOJE TEM - Rocinha

Endereço: Largo do Boiadeiro, Rocinha.

A Escola guarda sua origem em três blocos carnavalescos da favela da Rocinha: o bloco carnavalesco Império da Gávea, com sua quadra localizada na parte baixa da Rocinha, próximo ao túnel 58 Dois Irmãos, atual Zuzu Angel; o bloco carnavalesco Unidos da Rocinha, que tradicionalmente se reunia na quadra de esportes da escola municipal Francisco de Paula Brito, essa situada no meio do morro da Rocinha, exatamente no centro da favela e; o bloco carnavalesco Sangue Jovem, que tinha sua quadra de ensaios no alto do morro, de onde é possível avistar tanto o bairro de São Conrado, quanto os bairros de Leblon, Ipanema, Copacabana, Lagoa, Jardim Botânico, Gávea, a Baia de Guanabara e o município de Niterói. A criação do Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha foi criada em 1989, com a união desses três blocos. Hoje, o símbolo da Escola é uma borboleta e as cores azul, verde e branca. Desfilou pela primeira vez como escola de samba em 1989 pelo Grupo 4 na Estrada Intendente Magalhães em Campinho, tendo como carnavalesco Joãozinho Trinta. Naquele ano a escola foi campeã e subiu para o grupo 3; Em 1990 para o grupo 2 e, em 1991,  para o grupo 1 onde permaneceu até 1996, ano em que obteve a segunda colocação, que lhe garantiu o direito de desfilar pela primeira vez no Grupo Especial. A partir de 2002, a Acadêmicos da Rocinha se manteve no Grupo A e em 2005, com o enredo “Um mundo sem fronteiras”, a escola foi campeã do Grupo de Acesso A, garantindo o direito de desfilar em 2006 no Grupo Especial, com o enredo "Felicidade não tem preço".  

Endereço: Rua Bertha Lutz, 80.

Passarela

Em 1971 foi inaugurado o Túnel Dois Irmãos, conhecido atualmente como Túnel Zuzu Angel e que compõe parte da Autoestrada Engenheiro Fernando MacDowell. Com a inauguração do túnel e o aumento do fluxo de carros na via expressa, os moradores da Rocinha mobilizaram-se em torno da necessidade da construção de uma passarela, tendo em vista os constantes atropelamentos de moradores no local. A passarela da Rocinha foi inaugurada somente em 1978, após anos de reivindicações dos moradores junto ao poder público para que ocorresse sua construção. Em 2010 a passarela foi reformada no conjunto de obras do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento e projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. A passarela conta com três rampas de acesso, uma do lado da favela, e as outras duas que dão acesso ao Complexo Esportivo da Rocinha na Rua Berta Lutz e ao CIEP Ayrton Senna. 

Endereço: Auto Estrada Eng. Fernando Mac Dowell - Gávea.

Via Ápia

A Via Ápia é uma das principais ruas que dão acesso à Rocinha, localiza-se próxima à antiga Autoestrada Lagoa-Barra, atual Auto Estrada Engenheiro Fernando Mac Dowell. Na Via Ápia existem diversos pontos de mototáxi, um dos principais meios de transportes da Rocinha, devido às suas ruas íngremes, estreitas e à topografia do morro. A Via Ápia dá acesso ainda ao Largo do Boiadeiro, um dos principais centros comerciais da Rocinha e que ocorre na feira do bairro. A Via Ápia também deu nome ao livro do escritor Geovani Martins, que retrata como a instalação da UPP na Rocinha em 2012 impactou a vida de cinco jovens da Rocinha, tornando essa rua ainda mais conhecida. Foi também na Via Ápia que foi instalado o Pavilhão Maxwell galeria temporária do artista Maxwell Alexandre @pavilhaomaxwellalexandre @maxwell_alexandre

Mega Muro

O Mega Muro foi produzido pelo mutirão de graffiti do Grupo de Breaking Consciente da Rocinha em 2010, incentivado pelo CIAS - Centro Integrado de Atenção à Saúde. O grafitaço teve o objetivo de homenagear o antigo Jornal Tagarela, contando a história da Rocinha a partir das manchetes do jornal que retrataram o trabalho comunitário dos moradores durante o período dos mutirões de limpeza e canalização dos valões entre as décadas de 70 e 80, assim como as notícias sobre as mobilizações políticas e a luta por habitação e infraestrutura urbana na favela. Hoje os graffitis precisam ser restaurados, mas um olhar atento, encontra em meio a anúncios resquícios do Mega Muro.  

Curva do S

A curva do S é famosa para moradores e visitantes. Localizada mais ou menos no meio do trecho da Estrada da Gávea  que atravessa a Rocinha, a via foi asfaltada nos anos 1930, o que intensificou o movimento da região. No mesmo período, aconteceram corridas de carro, apelidadas de corrida de “baratinhas”, pelo formato dos pequenos carros de corrida da época, no  que foi chamado de Circuito da Gávea, também conhecido como "Trampolim do Diabo". Organizado pelo Automóvel Clube do Brasil, o circuito de rua, possuía mais de 11 quilômetros que contornavam o Morro Dois Irmãos. A largada era na Rua Marquês de São Vicente, seguia pelas avenidas Bartolomeu Mitre, Av. Niemeyer e Estrada da Gávea, atravessando a Rocinha. Com mais de 100 curvas e diferentes tipos de piso (asfalto, cimento, paralelepípedo e areia), seu nível de periculosidade rendeu o apelido de “Trampolim do Diabo”. 

Hoje, na curva do S visualizamos carros, ônibus, vans, motos, pessoas, comércios, unidades de de saúde públicas, escola e a primeira Torre Verde do Brasil, com painéis solares, captação de água de chuva, 4 andares de hortas suspensas e uma aceleradora de compostagem. A curva do S é ainda uma via de mão inglesa e um dos trechos de maior movimento da Rocinha. A curva do S também foi retratada no livro de contos “Na curva do S: Histórias da Rocinha” do jornalista e morador da Rocinha Edu Carvalho. 

Mais recentemente, foi instalada bem perto da Curva do S a Torre Verde @projeto_torre_verde primeira torre verde do Brasil com painéis solares, captação de água chuva e hortas.