Mirante do Laboriaux

Na parte alta da Rocinha, fica a região chamada de Laboriaux. Na subida para o Laboriaux é possível ter uma visão panorâmica da paisagem da Rocinha, sua geografia, e o bairro de São Conrado. Chegando ao mirante do Laboriaux, podemos ver do alto do morro a Lagoa Rodrigo de Freitas e o bairro da Gávea. É neste local que muitos guias começam a contar a história do surgimento da favela da Rocinha, pontuando como seu crescimento acompanha a expansão da Gávea, São Conrado e da cidade. 

Neste ponto, também é lembrado que nos arredores de onde hoje é a Rocinha ficava o que Firmino do Museu Sankofa chama de Quilombo das Camélias, onde abolicionistas se reuniram na luta pela abolição da escravidão. O quilombo ficava na propriedade de um empresário abolicionista, fabricante de malas que acolhia os escravizados que fugiam. O livro do professor Eduardo Silva “As camélias do Leblon e a abolição da escravatura”, conta que:

“o empresário Seixas possuía uma chácara no Leblon, onde cultivava flores com o auxílio de escravos fugidos.  Seixas ajudava os fugitivos e os escondia na chácara do Leblon com a cumplicidade dos principais abolicionistas da capital do Império, muitos deles membros proeminentes da Confederação Abolicionista. A chácara de flores, a floricultura do Seixas, era conhecida mais ou menos abertamente como o “quilombo Leblond”, ou “quilombo Le Bloon”, então um remoto e ortograficamente ainda incerto subúrbio à beiramar. Era, digamos, um quilombo simbólico, feito para produzir objetos simbólicos. Era lá, exatamente, que o Seixas cultivava as suas famosas camélias, o símbolo por excelência do movimento abolicionista.”

Subida para o Laboriaux

A subida do Laboriaux é uma ladeira acentuada ao lado do Posto de Saúde. Pode subir andando, de moto taxi ou kombi. No caminho temos um mirante com uma boa vista para a Rocinha, de lá podemos compreender melhor a imensidão desta favela que é uma cidade dentro da cidade. Como Juçara nos conta, aqui encontramos de tudo: transporte público, farmácias, lojas, escolas e creches públicas e particulares, entre outras coisas.

Endereço: Estrada da Gávea, 250

CMS Albert Sabin

O Centro Municipal de Saúde Albert Sabin, localizado na Rua 1, na parte alta da favela, completou 40 anos em 2022. Ao lado da unidade de saúde encontram-se a 27º Região Administrativa da Rocinha e o antigo posto da Cedae, atual Águas do Rio, que fornece o abastecimento de água para a região. A urbanização da Rocinha com a implementação de infraestrutura de serviços públicos básicos de saúde e saneamento básico foi conquistada a partir da organização política dos moradores por meio do trabalho comunitário durante as décadas de 1970 e 1980, o que deu condições para que a Rocinha se transformar em um bairro pela Lei 1995 de 18 de julho de 1993.

Aqui é onde o Museu Sankofa inicia seu roteiro para demarcar a importância da Unidade Básica de Saúde na história de luta dos moradores da Rocinha por direitos.

Endereço: Estrada da Gávea, 250