A Feira do Boiadeiro acontece todo domingo, na Rocinha. Desde bem cedo, as barracas são montadas e a população ocupa as ruas e vielas da favela para fazer suas compras. A tradicional feira conta com mais de 150 barracas fixas. Segundo os moradores, a Feira começa na época do Governo Chagas Freitas (anos 1970) que apoiou a iniciativa do Seu Jonas, o organizador inicial do comércio ao ar livre Hoje, sob toldos coloridos improvisados, uma multidão se espreme todo domingo entre as mais de 150 barracas montadas no Caminho do Boiadeiro, na Rocinha. O burburinho dominical é o sinal de que a feira livre, popular, que ocupa toda a extensão da via até o Largo do Boiadeiro, funciona a todo vapor, como há mais de quarenta anos. É uma espécie de mini feira de São Cristóvão. Mercadorias diversas que vão desde roupas, bijuterias, panos bordados, panos de chão, e moda íntima até pintinhos coloridos e guaiamuns vivos, se misturam às barracas de carne, frango e peixe, legumes, frutas e condimentos. O grito característico e sedutor dos feirantes ecoa pelo ar anunciando promoções, pechinchas e decretando a tão esperada hora da xepa... Além das vendas, a feira tem apresentações artísticas e culturais abertas ao público. Êpa! Como em toda feira, caldo de cana com pastel não pode faltar! A tradicional feira-livre do Boiadeiro, com sotaque nordestino, atravessou gerações a fio, driblou dificuldades e desafios, e prosperou bravamente. Conservando um flerte da favela de outrora com a cidade popular de agora.
Foto principal: HOJE TEM - Rocinha
Endereço: Largo do Boiadeiro, Rocinha.